Quem foi
Luiz Gama?
Advogado, jurista, poeta, jornalista, Luiz Gonzaga Pinto
da Gama se tornou símbolo do movimento abolicionista e da luta contra a
escravidão no Brasil. Nascido em Salvador, Bahia, em 1830, foi responsável pela
libertação de mais de quinhentas pessoas escravizadas.
Filho de Luiza Mahin, mulher negra africana da região da Costa da Mina que lutou pela liberdade dos escravizados na Bahia na década de 1830, e de um homem branco herdeiro de uma família rica de ascendência portuguesa — cujo nome até hoje ninguém sabe —, Gama foi vendido pelo próprio pai como escravo. Passou a infância, adolescência e a primeira juventude em cativeiro até conseguir as provas de sua liberdade aos 18 anos.
Trabalhou na área militar e policial, publicou a obra poética Primeiras trovas burlescas sob o pseudônimo Getulino, em 1859, e fundou diversos jornais, dentre eles Diabo Coxo, O Cabrião, Democracia e Radical Paulistano. Em 1869, obteve licença para advogar. Dali até o fim da vida, pôde representar diversas causas legalmente nos tribunais, dentre elas os milhares de homens, mulheres e crianças negras e pardas, ilegítimas e ilegalmente escravizadas. Mais que um escritório de advocacia, o seu lugar de trabalho era um escritório da liberdade.
Luiz Gama não viveu para ver realizado seu sonho de um Brasil sem escravos. Morreu em 1882, apenas seis anos antes da abolição da escravidão em 1888. Gama é um intelectual que leu o Brasil e escreveu para o futuro.
Filho de Luiza Mahin, mulher negra africana da região da Costa da Mina que lutou pela liberdade dos escravizados na Bahia na década de 1830, e de um homem branco herdeiro de uma família rica de ascendência portuguesa — cujo nome até hoje ninguém sabe —, Gama foi vendido pelo próprio pai como escravo. Passou a infância, adolescência e a primeira juventude em cativeiro até conseguir as provas de sua liberdade aos 18 anos.
Trabalhou na área militar e policial, publicou a obra poética Primeiras trovas burlescas sob o pseudônimo Getulino, em 1859, e fundou diversos jornais, dentre eles Diabo Coxo, O Cabrião, Democracia e Radical Paulistano. Em 1869, obteve licença para advogar. Dali até o fim da vida, pôde representar diversas causas legalmente nos tribunais, dentre elas os milhares de homens, mulheres e crianças negras e pardas, ilegítimas e ilegalmente escravizadas. Mais que um escritório de advocacia, o seu lugar de trabalho era um escritório da liberdade.
Luiz Gama não viveu para ver realizado seu sonho de um Brasil sem escravos. Morreu em 1882, apenas seis anos antes da abolição da escravidão em 1888. Gama é um intelectual que leu o Brasil e escreveu para o futuro.
O que é
o projeto?
Com mais de oitenta por
cento de textos inéditos, as obras completas de Luiz Gama serão publicadas
até dezembro de 2022, em onze volumes. No total, contam com 750 textos
atribuídos ao autor e seus pseudônimos, entre os gêneros da poesia, da sátira,
da crônica, escritos de intervenção política, literatura jurídica e,
principalmente, seus textos abolicionistas.
O material revela como Luiz Gama atuou na política, na imprensa e nos tribunais da escravocrata província de São Paulo. Além de cuidadosamente transcritos dos jornais de época, todos os textos contêm ainda comentários e contextualizações, além de cerca de sete mil notas, glossário e índices.
O material revela como Luiz Gama atuou na política, na imprensa e nos tribunais da escravocrata província de São Paulo. Além de cuidadosamente transcritos dos jornais de época, todos os textos contêm ainda comentários e contextualizações, além de cerca de sete mil notas, glossário e índices.